terça-feira, julho 25, 2006

Liderança inspiradora

Quantas vezes você pensou que se fizesse uma concessão sua posição se tornaria frágil? Ou você quis ceder mas não soube em que medida? Quem exerce uma boa liderança enxerga claramente o problema e também os objetivos.
Quantas vezes você pensou que se fizesse uma concessão sua posição se tornaria frágil? Ou você quis ceder mas não soube em que medida? Quem exerce uma boa liderança pode se encontrar em situações de conflito mas, ao mesmo tempo, enxergar claramente o problema e também os objetivos. Dessa forma, não se transforma em "refém" de suas próprias emoções e, no meio das turbulências, tem a capacidade de manter o foco. Em sua mente, a presença constante - como uma grande foto - de uma imagem positiva, clara e simples. Essas pessoas desenvolveram a habilidade de controlar seu mind’s eye ou "o olho da mente".
Este conceito tem a ver com a forma com que os líderes utilizam o funcionamento de sua mente para não perder de vista os objetivos e se aproximar positivamente deles. Assim como acontece no esporte, a mente se encaminha para buscar alguns sinais que levarão uma pessoa ao sucesso ou que, ao contrário, a impedirá. O grandioso é que dentro do contexto da inteligência emocional uma pessoa pode aprender a gerenciar seu "olho da mente" e dirigi-lo para as metas planejadas.
Os líderes inspiradores, que são muito efetivos, desenvolveram a habilidade para gerenciar suas emoções internas e se manter positivos - mesmo quando estão irritados, preocupados ou assustados - e, por isso, podem chegar ao resultado que desejam. Desta forma:
Tentarão compreender o que precisa, quem o segue e em que situação se encontra. Por exemplo, se uma equipe não funciona, seu papel será transformar a negatividade em resultados positivos.
Tentarão a capacidade de criar diálogo, porque não poderá saber o que o outro quer se não existir o diálogo. Sua missão será saber o que desejam seus colaboradores, por que opinam de determinada forma ou se estão chateados.
Estarão abertos a escutar. Os bons líderes tiveram como coaches - que também podem ter sido pais ou mestres - pessoas que na raiz de sua liderança os ajudaram a manter o foco naquilo que queriam. É importante que possa confiar na palavra de outros com mais experiência.
Poderão gerenciar a dor, a pena ou a desilusão, ou seja, diante da possibilidade de um dilema terão de aceitar ceder algo.
Líderes possuem seguidores - A condição essencial de um líder é ter seguidores, que devem estar alinhados. Numa organização isso significa cumprir com certas metas. Se o líder é o CEO ou o responsável por uma unidade de negócios terá muitas equipes de trabalho sob sua responsabilidade que deverão de estar alinhadas em torno a objetivos. E para chegar a essas metas deverá gerar um vínculo de confiança.
Quando quem segue o líder confia nele, sente que o destino é seguro e pode tolerar deixar de lado alguns de seus interesses, superando com facilidade a frustração ou o estresse que isto lhe causa. Se um líder não inspirar estas emoções, é muito provável que não tenha a cooperação ou a colaboração de seus seguidores e recorrerá à dominação ou a métodos coercitivos que somente vão desequilibrar e destruir o compromisso emocional dos funcionários com a organização. E a tentação de cair neste tipo de métodos é grande para quem gerencia certo grau de poder.
Uma pesquisa recente revela a total ausência de vínculo afetivo que se resigna a ter uma altíssima porcentagem de funcionários europeus e norte-americanos com o trabalho. Por exemplo na Alemanha, apenas 12% do pessoal diz estar ligado emocionalmente com seu emprego e na França esta cifra cai para 7%. O maior número de funcionários vinculados emocionalmente com seu trabalho se dá nos Estados Unidos (30%). Este fato na realidade é muito alarmante, pois inclusive naquele país, 70% do pessoal sente indiferença com relação a seu trabalho. E o problema se encontra nos líderes.
Os líderes não estão criando confiança, não inspiram seus seguidores e pedem muito sacrifício, muita dor, mas apenas pelo fato da dor. E as pessoas não são bobas. Porque deveriam sofrer quando não é mostrado o benefício que vão obter a partir dessa dor?
É importante aprender a tolerar a dor se quisermos ter sucesso na aprendizagem de golfe ou de tênis, futebol ou qualquer esporte, ou mesmo ao tentar tocar um instrumento. Mas se realmente desfrutamos daquilo que aprendemos não estaremos concentrados na dor, porque se o fizermos vamos nos deter. Esta será uma das principais funções de um líder que nos inspire no século XXI: será quem nos ensine os benefícios da mudança e nos torne mais fácil levar a dor de aprender.
Será uma pessoa que não esteja centrada apenas em seu próprio ego, nem na sua própria carreira, nem na sua própria auto-estima, de forma a romper o espírito de equipe. Para chegar ao maior rendimento ajudará a criar a auto-estima do outro e em numerosas ocasiões apoiará quem fracassa para melhorar a aprendizagem. Porque quando uma pessoa fracassa, seu cérebro - que está preparado para evitar o perigo - vai se concentrar em não correr riscos, em evitar os conflitos. E numa equipe de trabalho, seus integrantes devem aceitar o risco, estar dispostos aos desafios e às oportunidades, e o líder deve apoiar estes comportamentos como um processo de aprendizagem.
Fonte: Editorial de George Kohriese no site HSM On-line em Liderança e Negociação

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