segunda-feira, julho 31, 2006

Negociação: Fracassa negociação da Rodada Doha

Brasil corre o risco de sofrer um retrocesso no comércio exterior com a suspensão das negociações internacionais na OMC.
Celso Amorim, na OMC: suspensão da Rodada Doha é "um sério atraso" para o comércio exterior brasileiro
O fracasso nas negociações da Rodada Doha põe em risco a evolução do comércio exterior brasileiro. A previsão pouco otimista partiu do ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que participou do encontro promovido pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra entre representantes do Brasil, Estados Unidos, Austrália, Índia, Japão e as 25 nações da União Européia. "Isso é um sério atraso, um grande atraso", afirmou Amorim.
Apesar disso, o ministro brasileiro não considera a suspensão um "fracasso definitivo". "As negociações estão 'apenas' suspensas", afirma. Assim como representantes de outros países, Amorim acredita na retomada das negociações em alguns meses ou ao longo do próximo ano. Em reportagem do jornal americano The Wall Street, o ministro do comércio da Índia, Kamal Nath, afirma que a retomada das conversas pode levar de meses a anos.
A suspensão das negociações ocorre pela falta de entendimento entre as nações sobre o fim dos subsídios agrícolas - um tema caro e defendido ativamente pelo governo brasileiro - e sobre a liberalização do comércio de bens manufaturados.
A representante norte-americana de comércio, Susan Schwab, afirmou que os Estados Unidos estavam comprometidos com uma "rodada forte, ambiciosa e equilibrada". Outros representantes, porém, afirmaram que o governo americano deveria melhorar a oferta, reduzindo os subsídios dados aos agricultores americanos. A maior economia do mundo, porém, permanece firme na sua postura e mantém a diretriz de mudar de postura apenas se a União Européia baixar as tarifas de produtos agrícolas e se países - como o Brasil e Índia - cortarem barreiras no mercado de produtos manufaturados.
A Rodada de Doha começou em novembro de 2001 na capital do Catar. A tensão e as divergências começaram já no início da tentativa de conciliar os interesses dos membros da OMC.
Fonte: Agência Estado no Portal Exame

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