sexta-feira, setembro 15, 2006

Líder: Andrew Grove

Andrew Grove é uns dos principais arquitetos da revolução digital. Como homem de negócios ele liderou a sua caminhada rumo a uma onda de inovações sensacionais e sem precedentes; acima de tudo, o microprocessador, responsável pelo enorme sucesso da Intel, que registrava vendas muito maiores que às da Microsoft. A Intel foi uma força impulsionadora, ao estabelecer novos patamares tecnológicos. E Grove foi a força impulsionadora por trás da Intel. Sob a liderança de Andrew Grove, a Intel tornou-se o maior fabricante de chips a nível mundial, uma das empresas mais admiradas da América e a sétima empresa mais rentável da Fortune 500. É difícil atingir níveis de sucesso desta ordem, a menos que se possua um raro conhecimento da arte da gestão e se domine extraordinariamente o seu exercício.
Grove nasceu na Hungria, em 1936, e foi batizado como András Gróf. Na Segunda Guerra Mundial, quando os alemães invadiram aquele país, sua família, judaica, escondeu-se e só reapareceu após a derrota nazista. Mas a Hungria continuou inóspita sob o domínio soviético, que culminou com a sangrenta repressão ao levante de 1956. Grove era estudante então e teve participação ativa na frustrada tentativa de revolução. Acabou fugindo para os EUA.
Ele foi morar com um tio que vivia em Nova York. Iniciou os estudos em engenharia química na City College e o que se viu em seguida é uma típica historia de esforço pessoal e progresso. Mesmo trabalhando como garçom enquanto cursava a faculdade, foi o primeiro de sua classe. A graduação com honras lhe abriu as portas da University of Southern Califórnia, em Berkeley, onde Grove fez seu doutorado, em 1963. Na época ele estava casado com Eva, com quem teve duas filhas.
Grove sempre tem combinado negócios e carreira acadêmica. Ao mesmo tempo que ocupava a presidência da Intel, ele dava aula de estratégia na escola de administração da Stanford University. Bem antes disso, como jovem pesquisador da Fairchild Câmera, dera palestras em Berkeley. Ele havia escolhido bem seu primeiro empregador: Fairchild tornou-se um nome legendário na história da microeletrônica.
A trajetória da fairchild Câmera remonta ao desenvolvimento do transistor nos Bell Laboratories, 1948, sob o comando de William Shockley. Depois de ajudar Shokley a começar seu próprio negócio. Apelidados de “Os Oito Traidores”, eles receberam um aporte de U$$ 1,5 milhões do playboy e empresário Sherman Fairchild, e deram inicio a produção de semicondutores. A nova empresa prosperou, mas, em 1967, após uma década de fama e problemas internos, os “Traidores” tomaram caminhos separados. Em 1968, dois dos melhores, Robert Noyce e Gordon Moore, deixaram à organização.
A brilhante carreira de Grove está intrinsecamente ligada ás conquista desses dois homens. Noyce é o pai do “circuito integrado”; a peça de silício que contém vários transistores e que forma o coração dos equipamentos eletrônicos que mudaram o mundo. Na Fairchild, Noyce era gerente-geral e Moore comandava o departamento de P&D. Também um gênio da engenharia, Moore ficou famoso pela “Lei de moore”: “o desempenho dos circuitos integrados cobrará a cada 18 meses, enquanto os preços permanecerão constantes”. Isso significa que, na prática, o preço cairá pela metade.
Ao contratar Andy Grove, então com 32 anos, a dupla formou um triunvirato, que transformou a Fairchild na Intel, rainha do Vale do Silício.
Nessa época, Grove ostentava correntes de ouro, costeletas, cabelos ondulados e sotaque húngaro. Mais tarde, perdeu o sotaque, mas sempre preferiu um estilo informal de se vestir. Meticuloso, obstinado por pontualidade, trabalhador e um pouco neurótico com controle; Grove é inteligente, muito organizado e seguro de si.
Em 1968, não era especialista em manufatura e dificilmente estaria apto a assumir a posição de diretor de operações da Intel. Mas esse era o homem que iria empurrar sua empresa- ele próprio no futuro.
“Grove assumiu mais responsabilidades do que poderia fazê-lo em outras circunstancias. Quem desempenha tarefas que são indeterminadas no inicio do negócio, a pessoa inteligente e cheia de energia, preocupada com os detalhes, desejosa de fazer o que os outros deixaram para trás, esse pode ter um poder que vai muito além de seu cargo. E Andy Grove era o homem dos detalhes por excelência.”
O melhor executivo do mundo
A historia de Andy Grove a partir de 1968 é a história da Intel. Quando a Intel laçou o microprocessador 8008, Grove era vice-presidente e oficialmente o “terceiro homem”. Noyce havia se tornado presidente do conselho administrativo.
Em 1979, Grove subiu um degrau e, em 1987, tornou-se presidente executivo. Haviam liderado um impressionante arsenal de avanço tecnológicos: o primeiro chip de memória, a primeira DRAM (memória dinâmica de acesso randômico), a primeira EPROM (Memória somente para leitura programável apagável”) e o primeiro microprocessador.
Essa não foi, entretanto, uma história de progresso suave, nem aconteceu sem esforço ou crises.
A personalidade impulsionadora e ambiciosa de Grove é ideal para o ambiente altamente competitivo do Vale do Silício. Sob seu comando, a Intel conquistou quase o monopólio da área de microprocessadores, tão forte quanto o domínio da Microsoft no setor de software.
O relacionamento da Intel com seus rivais tem sido combativo ao extremo. Negociações com as autoridades antitrustes dos EUA resultaram em 1998 em um acordo que impôs limites à conduta competitiva da Intel.
Um intelectual prático
Em situações de grande dificuldade, Grove combinou a firmeza necessária e uma rara capacidade de adaptação. Dessa maneira, seus livros revelavam-se teorias incisivas e baseadas em fatos. E essa combinação contribuiu para gerar riqueza para os investidores da Intel. Naturalmente, Grove embolsou cerca de US$ 95 milhões em opções de ações.
Ele não criou os “milagres tecnológicos” da Intel. Mas fez com que fossem possíveis ao assumir e controlar os riscos e as somas colossais envolvidos. Uma única fábrica da emprese pode custar até US$ 2 bilhões.
Grove atribui muito deste sucesso à filosofia e à estratégia. A contribuição de Grove para a reflexão sobre a gestão consiste numa forma nova de avaliar o pesadelo que todos os líderes receiam - o momento em que mudanças massivas ocorrem e todas as apostas parecem perdidas. Os sucessos anteriores dissipam-se, destruídos por mudanças imprevisíveis que surgem como uma avalanche. Grove denomina estes momentos de pontos de inflexão estratégicos, tendo ele próprio atravessado vários. Os pontos de inflexão estratégicos podem ser despoletados por quase nada: mega-competição, mudanças inesperadas de regulamentações, ou uma aparentemente modesta inovação tecnológica.
Contudo, nas mãos de um líder atento, os pontos de inflexão estratégicos podem ser um trunfo. Geridos da forma certa, podem transformar-se numa força positiva, que ajudará a empresa a vencer e a emergir mais forte do que nunca.
Para se atingir este domínio sobre a mudança é necessário que se conheçam as suas propriedades por dentro e por fora. Grove lança as seguintes questões: quais as fases destes movimentos repentinos? A que fontes se pode recorrer de modo a prever os perigos antes de o problema surgir? Quando as ameaças abundam, como lidar com as emoções, com os calendários, com a própria carreira - bem como com os mais leais gestores e clientes, que quererão eventualmente refugiar-se na tradição?
Familiarizado com o risco, Grove examina o registro de sucessos e fracassos que ameaçaram a Intel e a forma como tem lidado com o ponto de inflexão estratégico trazido pela Internet. Fruto de uma vida de reflexão.

Fonte: Séries Sucesso Profissional - Negócios - Ponha em prática as idéias de Adrew Grove por Hobert Heller
Questão escolha simples:
Em que ano a Grove se tornou presidente executivo da Intel?
a) 1974
b) 1979
c) 1987
d) 1968

Questão dissertativa:
Quais as principais características de líder que ele possuía?
Visionário, determinado, responsável, objetivo.

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